sexta-feira, 9 de julho de 2010

Delícias cremosas


Textura. Sei que a combinação de consistências é um dos segredos de um prato perfeito. O crocante, o cremoso, o folhado, o molhado. Adoro colocar umas amêndoas ou nozes na salada que constrastam perfeitamente com o crocante da alface e o molhadinho do tomate. A batata palha também aprovo embora muita gente torça o nariz para o bom e velho estrogonofe a brasileira (que nada tem a ver com o original russo). Trauma das festinhas dos 90 onde servir estrogonofe era chique. Eu, não. Adoro o creme de leite temperadinho da carne molhando as batatinhas. E não dispenso farofa no caldo de feijão.


Agora, se o assunto é doce, fico sempre com as delícias cremosas. Quem me conhece sabe que minhas perdições são as colheradas de doce de leite, brigadeiro e nutella, não necessariamente nessa ordem. E um pudim de leite condensado furadinho.. ai ai. Sei que pudim é coisa simples, que todo mundo faz. Mas custei a achar uma receita que considerasse perfeita. E nesta eu aposto.


Pudim de leite condensado


2 latas de leite condensado

2 medidas da lata de leite integral

4 ovos

Gotas de Baunillha

1 xícara de açúcar

1 xícara de água


Ligue o forno. Comece pela calda. Derreta o açúcar em fogo lento. Quando já estiver caramelado junte a água e deixe desmanchar. Cubra o fundo de uma forma dessas de buraco no meio. Deixe esfriar.

Bata todo o resto no liquidificador um minutinho. Coloque na forma e leve a assar em banho-maria, com a água da forma já fervendo. Demora pelo menos uma hora, hora e meia, dependendo do forno. E mais tempo para esfriar. Gostoso mesmo,se vc resistir, é fazer de um dia pro outro e deixar na geladeira, "dormindo". E a receita admite ainda variações infinitas: um pouco de coco, ou chocolate em pó, ou trocar uma lata de leite por leite de coco, ou colocar umas 2 colheres de parmesão, ou jogar ameixas ou passas na calda ...




quarta-feira, 7 de julho de 2010

E fez-se o verbo

Às vezes eu tenho a sensação de que o verbo veio antes de mim. De que antes mesmo que eu saisse, à força e por forceps de dentro de minha mãe desmaiada, despreparada aos 19 anos para minha intransigência às mudanças, eu já soltei uma negação, uma exclamação ou, talvez vencida pelas colheres médicas, um suspiro de resignação. Suspiro verbal, que conste. Algo como Arffe.

Eu já tive dois ou três blogs. Sempre os deixei. Havia vários problemas: exposição, falta de limites entre privado e público, gente interpretando o que dizia de forma radical e plena ou, simplesmente, falta de tempo ou inspiração para postar. Faz mais de um ano que deixei o último. Mas sinto falta. E aqui mergulho em uma nova tentativa. A idéia é usar como meu caderninho de notas, com receitas, comentários de viagem, comentário de notícias e sentimentos que são tão literários quanto reais, para quem ainda acredita em rótulos.

E para começar uma receitinha doce, a tortinha de maçã que faço sempre que quero algo rápido e doce, que faz um par perfeito com sorvete de baunilha. A tortinha que eu fiz ontem e foi invadindo em forma de cheiro toda a casa.

Tortinha ou crumble de maça:

5 ou 6 maçãs royal gala
2 xícaras de trigo
2 xícaras de açúcas
1 ovo
100 gr de manteiga derretida
Canela em pó

Descasque e corte as maçãs em fatias. Coloque em um pirex e sobre elas espalhe metade da manteiga. Salpique canela. Faça uma "farora" com a farinha o ovo e o açúcar, mesclando com a ponta dos dedos. Coloque a massa sobre as maças e espalhe o resto da manteiga. Salpique canela e leve para assar até que ela esteja dourada, mais ou menos entre 20 e 30 minutos. Quentinha com sorvete de creme é uma delícia.